domingo, 24 de junho de 2012

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos



3º Trimestre de 2012


Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva


Lição 1: No mundo tereis aflições
Data: 1º de Julho de 2012

TEXTO ÁUREO


Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo(Jo 16.33).

VERDADE PRÁTICA


Mesmo sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.

HINOS SUGERIDOS


203, 228, 302.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Jo 16.33
No mundo teremos aflições


Terça - Rm 8.22
O sofrimento da criação


Quarta - Mt 9.32
Sofrimentos de ordem espiritual


Quinta - Gn 3.16-19; Rm 5.12
Sofrimentos de ordem pecaminosa


Sexta - Gn 6.1-12
A corrupção do gênero humano


Sábado - 1 Co 15.35-58
Esperamos a plena glorificação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


João 16.20,21,25-33.

20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21 - A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
25 - Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a hora em que vos não falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai.
26 - Naquele dia, pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai,
27 - pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me amastes e crestes que saí de Deus.
28 - Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai.
29 - Disseram-lhe os seus discípulos: Eis que, agora, falas abertamente e não dizes parábola alguma.
30 - Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de Deus.
31 - Respondeu-lhes Jesus: Credes, agora?
32 - Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só, mas não estou só, porque o Pai está comigo.
33 - Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

INTERAÇÃO


Prezado professor, pela graça de Deus iniciaremos mais um trimestre. Estudaremos o tema “Vencendo as aflições da vida”. Não são poucas as afirmações equivocadas de que “o crente não sofre neste mundo”. No entanto, veremos, na presente lição, exatamente o contrário do que se é postulado em alguns arraiais evangélicos. O comentarista desse trimestre é o pastor Eliezer de Lira e Silva, conferencista em Escolas Bíblicas e diretor do projeto missionário “Ide Ensinai”, em Moçambique, África. Aproveite a oportunidade para enfatizar que a vontade de Deus para nossas vidas é boa, perfeita e agradável.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Descrever as aflições do tempo presente.
  • Responder “por que o crente sofre?”.
  • Conscientizar-se de que podemos crescer e desfrutar da paz do Senhor no sofrimento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


No primeiro tópico da lição, o comentarista descreve alguns acontecimentos de ordem natural, econômica e física no mundo que habitamos. Nele relatam-se as crises afirmando que essas abatem-se sobre os ímpios, mas também se sobrepõem aos crentes fiéis a Jesus. Com o auxílio da estrutura abaixo (reproduza de acordo com as suas condições), peça para a turma preencher as respectivas colunas com reportagens de revistas, jornais e internet destacando as crises e tragédias de ordens expostas no diagrama sugerido. Conclua o tópico dizendo que esses acontecimentos se dão e/ou se deram tanto a ímpios quanto a cristãos.


COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Mundo: [gr. kosmos, ordem, beleza; do lat. mundus, puro] É a terra e o conjunto de todas as coisas criadas por Deus.

O crente em Jesus pode vir a sofrer? Se a resposta for não, então por que o sofrimento assalta-lhe a vida? Neste trimestre, estudaremos as “aflições do tempo presente”. Veremos que elas, conforme ensinou Jesus (Jo 16.33), são uma realidade inevitável até mesmo na vida do crente mais fiel. Mas da mesma forma como Ele padeceu, porém triunfou, nós também poderemos vencer todas as batalhas. E, assim, cresceremos integralmente na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

I. AS AFLIÇÕES DO TEMPO PRESENTE

1. De ordem natural. Presenciamos uma desordem nunca antes vista na natureza. Apesar dos falsos alarmes, não podemos ignorar a devastação provocada pela ação irresponsável do homem. A Bíblia diz que a criação geme e está com “dores de parto” pelo que o ser humano tem-lhe feito (Rm 8.22). Quantas calamidades nos abatem por causa da degradação ambiental. São tragédias assombrosas que ceifam milhares de vidas. As poluições nos lagos, rios e mares, e as ocupações em áreas de riscos contribuem para a ocorrência de tragédias. Tais aflições também afetam os crentes fiéis.
2. De ordem econômica. Outra aflição que se abate sobre o mundo é a de ordem financeira. A crise econômica internacional empobrece países, nações e famílias. Quantos não deram cabo da própria vida porque, da noite para o dia, descobriram que perderam todos os bens? Em nosso país, milhões de pessoas sobrevivem com menos de um salário mínimo. A pobreza, a fome e a miséria continuam a flagelar vidas ao redor do mundo, inclusive as dos servos de Deus (Mc 12.41-44).
3. De ordem física. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como câncer, hepatite, hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas as pragas do século XXI. Essa informação traz-nos algumas indagações: Será que o crente fiel não é vítima de câncer? Ou não desenvolve a depressão e não sofre de hipertensão arterial? Não precisamos de muito esforço para reconhecer que as enfermidades também atingem os salvos e são consequência da queda (Rm 6.23). Mesmo cientes de que as doenças acometem igualmente o servo de Deus, é impossível ignorar que há enfermidades de natureza espiritual e oriundas de práticas pecaminosas (Mt 9.32,33; Jo 5.14,15).


SINOPSE DO TÓPICO (I)

As aflições do tempo presente são representadas pelas crises de ordem natural, econômica e física. Malefícios que acometem igualmente o servo de Deus.


II. POR QUE O CRENTE SOFRE

1. A queda. O sofrimento é algo comum a todos os homens, sejam ímpios sejam justos. Uma razão para a existência do mal é a queda humana. Deus fez um mundo perfeito (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Por isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22).
2. A degeneração humana. Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração moral, social e espiritual. Tal degradação, observada na vida de Caim (Gn 4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de toda aquela geração, levou Deus a destruir o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1-7.24). O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade atual? A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus (Rm 3.23).
3. O novo nascimento e o sofrimento. A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza oposta a da queda (1 Jo 5.1,19). Entretanto, apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona: “A permanência da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”. Assim, experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1 Co 15.35-58).


SINOPSE DO TÓPICO (II)

A Queda e a degeneração humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento.


III. O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES

1. A soberania divina na vida do crente. A soberania divina na existência do crente garante-lhe que os olhos de Deus sondem-lhe a vida por inteiro. Somos em suas mãos o que o vaso é nas mãos do oleiro (Jr 18.4). Por isso, você pode falar como o salmista: “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias” (Sl 31.7). Querido irmão, querida irmã, não se desespere! O Senhor, Criador dos céus e da terra, cuida inteiramente de você e dos seus, porque “a terra é do Senhor e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26).
2. Tudo coopera para o bem. A vontade de Deus para as nossas vidas é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). O escritor aos Hebreus reconhece que o Senhor, muitas vezes, usa a provação para corrigir-nos e fazer brotar em nossa vida o “fruto pacífico de justiça” (Hb 12.3-11). No exercício desse processo, crescemos como pessoas e servos de Deus, aprendendo na faculdade das aflições da vida. Assim, podemos dizer inequivocamente que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
3. Desfrutando a paz do Senhor. Olhar para o sofrimento e a aflição humana e, paradoxalmente, desfrutar da paz de Cristo, parece-nos loucura! Mas não o é quando entendemos que Deus age segundo o conselho da sua vontade, visando sempre o bem e o crescimento dos seus filhos. O deserto da vida não é percorrido sob a ilusão mágica da “sombra e água fresca”, mas com os pés firmes na realidade desértica do sol escaldante (Rm 5.1-5; Fp 4.7). Nesse interregno, porém, desfrutamos a bondade, a misericórdia e a proteção do Criador dos céus e da terra. Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede todo o entendimento e cantar em alto e bom som o coro do hino 178 da Harpa Cristã: “Paz, paz/ gloriosa paz/ Paz, paz/ perfeita paz/ desde que Cristo minh'alma salvou/ tenho doce paz!”.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

O crente em Jesus pode crescer na graça e desfrutar a paz de Deus em meio ao sofrimento. O Senhor é soberano e tudo coopera para o bem daqueles que O amam.


CONCLUSÃO

Neste mundo, estamos sujeitos às aflições e sofrimentos de qualquer espécie. A vida cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No entanto, se a nossa expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem, desfrutaremos, mesmo que andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de Cristo. Que ao longo desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine-lhe a mente e o coração para deleitar-se em sua eterna e maravilhosa graça. Amém!

VOCABULÁRIO


Interregno: Intervalo, interrupção momentânea; interlúdio.
Paradoxalmente: Pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano.
Cataclísmica: Catastrófica, trágica, convulsão, revolução.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


COLSON, C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000.
RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.

EXERCÍCIOS


1. O que não podemos ignorar em relação à desordem da natureza?
R. A devastação provocada pela ação irresponsável do homem.

2. As enfermidades como câncer, hipertensão arterial, dentre outras, podem atingir o crente? Por quê?
R. Sim. As enfermidades também atingem os salvos e são consequência da queda.

3. Que tipo de processo o homem sofreu no Éden?
R. Um processo de degeneração moral, social e espiritual.

4. Apesar de nascido de novo, o crente deixa de experimentar o sofrimento?
R. Não. Apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento.

5. Você pode, mesmo no sofrimento, desfrutar da paz do Senhor?
R. Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede todo o entendimento.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Apologético

“Sofrer faz algum sentido?
‘Um Deus que não aboliu o sofrimento — pior ainda, um Deus que aboliu o pecado precisamente pelo sofrimento — é um escândalo para a mente moderna’ (Peter Kreeft).
[...] É vital reconhecermos a historicidade da Queda. Se a Queda é meramente um símbolo, enquanto na realidade o pecado é intrínseco à natureza humana, então voltamos ao dilema de Einstein: que Deus criou o mal e está implicado em nossos erros. As Escrituras dão uma resposta genuína para o problema do mal somente porque insiste que Deus criou o mundo originalmente bom — e que o mal entrou num certo ponto da história. E quando isso aconteceu, causou uma mudança cataclísmica, distorcendo e desfigurando a Criação, resultando em morte e destruição. É por esse motivo que o mal é tão odioso, tão repulsivo, tão trágico. Nossa resposta é inteiramente apropriada, e a única razão por que Deus pode realmente nos confortar é que Ele está do nosso lado. Ele não criou o mal, e também, detesta a maneira com que isso desfigurou o trabalho de suas mãos” (COLSON, C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000, p.258).

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Hermeneutica e Regras de Interpretaçoes.

As Interpretações de Hoje
Conforme se vê, a interpretação passou por sérias mudanças quanto aos
métodos a serem empregados. A princípio passou a ser utilizado o método literal; depois
o método totalmente alegórico, que deixou o literal de lado; depois veio o método das
tradições no qual a igreja predominou e não aceitou a opinião individual; surgiu então, o
método racional que não aceitava nenhum tipo de idéia sobrenatural e também o
subjetivo que descartava o objetivo.
O estudante de teologia que não entender e nem procurar saber como
interpretar e quais os métodos existentes para a interpretação, ficará limitado a pegar
um pouco de cada um desses métodos já utilizados no passado. O resultado que obterá,
mostrará que a sua interpretação será uma "salada" ou uma forma de "resto de feira" de
interpretação.
Em qualquer igreja de hoje, século XXI, encontra-se um tipo de
interpretação que foi citado anteriormente. Da mesma forma há os que misturam as
interpretações e fazem uma só. Mas o que é mais triste é que a maioria dos estudantes
de teologia aceitam essas coisas e pregam-nas em suas igrejas como sendo o melhor
método de interpretação existente.
Além de existir, hoje em dia, todo o tipo possível de interpretação que já foi
visto, uma idéia é tida como ponto em comum. Esta é a platônica, pois todos crêem que
há uma alma que se desprende do corpo e se une a alma de forma incorruptível no céu.
Entretanto, apenas este ponto em comum não é o suficiente para ser aceito como o
certo. É necessário que o estudante de teologia saiba como fazer uma interpretação de
um texto, da melhor forma possível. Para isso é preciso utilizar os fatores históricos,
culturais, gramaticais, textuais e outros que o texto apresente.

Princípios Hermenêuticos
A Hermenêutica está dividida em duas subcategorias:

Hermenêutica geral
É o estudo das regras que regem a interpretação do texto bíblico inteiro.

Hermenêutica especial
É o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos como: parábolas,
alegorias, tipos e profecias.

A Relação da Hermenêutica com outros Campos de Estudo Bíblico.

Estudo do Cânon: Diferenciação entre os livros que trazem o selo da
inspiração divina e os que não trazem.

Crítica Textual: Tenta averiguar o fraseado primitivo de um texto. Torna-se
necessário, pois não temos os originais dos manuscritos, temos apenas cópias e essas
variam entre si.

Crítica Histórica: Estuda a autoria de um livro, a data da composição, as
circunstâncias históricas que cercam sua composição, a autenticidade do seu conteúdo e
sua unidade literária.

Exegese: É a aplicação dos princípios da hermenêutica para chegar-se a um
entendimento correto do texto
.
Teologia Bíblica: É o estudo da revelação divina no AT, e no NT. Ela indaga
como essa revelação especifica contribuiu para o conhecimento que os crentes já
possuíam naquele tempo. Tenta mostrar o conhecimento Teológico através dos tempos.

Teologia Sistemática: Organiza os dados bíblicos de uma maneira lógica,
tenta reunir todas informações sobre determinados tópico. Ex.: (Deus, Jesus, Igreja).

fonte:GILVAN NASCIMENTO
PROFESSOR
BACHAREL EM TEOLOGIA
LICENCIANDO EM GREGO

Esboços de Sermões.

A IGREJA – SUA IMPORTÂNCIA

I – O termo Igreja.
É uma assembléia religiosa, eleita e convocada do mundo pela doutrina do Evangelho, para adorar o verdadeiro Deus em harmonia com a Sua Palavra.
 
1. Congregação ou assembléia: "ekklesia".
2. Os nomes que designam a igreja. - Isa. 62:12; II Cor. 6:17, 18; Efés. 3:15; Apoc. 18:4.
3. A posição tão elevada da igreja. - Atos 20:18.
4. Uma instituição ordenada por Deus, composta daqueles que crêem nas verdades dn Evangelho. - Efés. 2:21,22; I Ped. 2:5; I Tim. 3:15; Col, 1:24.

II – A segurança do edifício depende de ter um firme fundamento. - Isa. 28:16.
1. Provada – suporta peso, cargas, cuidados.
2. Preciosa – possui as qualidades necessárias.
3. Bem firme e fundada – provada através dos séculos.
4. Este fundamento pode ser substituído? - I Cor. 3:11; Atos 4:12.

III – Como podemos tornar-nos membros desse Templo?
1. Confissão individual. - Mat. 16:16.
2. Confissão mediante a revelação do Espírito Santo. - Mat. 16:17.
3. Pelo novo nascimento. - Gál. 3:26; Jo. 3:3; II Cor. 5:17; I Ped. 3:23.
4. É necessário unir-se à Igreja? - Col. 1:26; I Cor. 12:12, 13.
a) É melhor estar dentro ou fora da casa confortável?

IV – A Igreja foi organizada para um santo propósito.
1. A depositária da Verdade. - I Tim. 3:15; Efés. 3:10.
2. A luz e o sal da Terra. - Mat. 5:13-16.
3. Refúgio para os pecadores. - Apoc. 14:6, 7.


fonte: Mil Esboços Para Sermões.
Prof. D. PEIXOTO DA SILVA


sábado, 3 de setembro de 2011

Por que tantas interpretações?




Este post é uma resposta ao Ricardo do blog A arte de ter razão (muito bom por sinal). Como acredito que esta pergunta Por que tantas interpretações? é uma pergunta recorrente e bastante comum, resolvi deixar disponível aos leitores do blog.

1- Como você deve saber a Bíblia é uma coleção de 66 livros, escritos há milênios atrás, em um longo período de tempo (aprox. 1500 anos) e por diversos autores. Há um abismo cronológico, geográfico, cultural, gramatical e literário, que separa o leitor moderno do escritor original. Obviamente, estes abismos tornam a tarefa hermenêutica um grande desafio.

2- Para tanto, qualquer leitor comprometido em buscar o sentido literal e original dos textos, o que chamamos de método histórico-gramatical, deve prestar atenção em alguns pontos importantes. Há que se compreender o contexto imediato das passagens, o contexto cultural, a diferença entre estilos literários (poesia, parábola, narrativa, epistola, profecia, etc.), e se possível, até mesmo as línguas originais (hebraico e grego koinê).

3- A maioria das divergências ocorrem por parte daqueles que não tem nenhum compromisso em interpretar as escrituras de modo literal. São os chamados alegorizadores. Estes entendem que há um sentido oculto por trás daquilo que é óbvio no texto. Deste modo, cada alegorizador acha uma coisa diferente, e no fim, temos um milhão de explicações para um só texto.

4- Alguns problemas de interpretação surgem quando nos deparamos com algumas passagens obscuras da Bíblia. Neste caso, há principal regra é: "A bíblia interpreta a própria bíblia". Ou seja, as passagens obscuras e secundárias devem ser interpretadas com base em trechos claros e principais.

5- Está claro que a maioria não tem este compromisso. Quando vão ao texto, eles vão procurando achar algo que comprove seus pressupostos. Eles não permitem que a Bíblia os oriente, ao contrário, usam a Bíblia como legitimizadora de seus pensamentos, ideologias, filosofias, enfim.

6- É simples. Todo processo de comunicação envolve o emissor, a mensagem, e o receptor. O emissor bíblico comunicou uma mensagem aos leitores de seu tempo de acordo com os canais e códigos adequados de seu tempo, e teve a intenção de ser compreendido por eles. Portanto, nosso papel é tentar descobrir o que a mensagem significou para o receptor original, e dai aplicar ao nosso tempo. Como dizem o exegetas, "é um só significado, e muitas aplicações".

7- Imagine que o Ricardo (a arte de ter razão) viajou à Índia e viu a calamidade da população pobre e excluída que morre de fome pelas ruas. Este fato o perturbou tanto, que ele foi absolutamente consumido por uma indignação, um senso de urgência e de dever, para com os esfarrapados da terra. Isto o levou a escrever aos principais jornais de seus país de origem, alertando sobre o caos social da Índia. Bom, acho que você não gostaria que a notícia fosse interpretada como se os indianos estivessem experimentando uma enorme fome intelectual.

Acho que os escritores bíblicos também foram consumidos por observarem o mundo dos homens e identificarem que o mundo "não é o que deveria ser", e a culpa não era de Deus, mas de seus moradores, que não eram capazes de amar o próximo e estender a mão aos pobres, aos orfãos, as viúvas e aos estrangeiros. E deixaram uma mensagem, que é o fundamento de toda Escritura: amem uns aos outros.

fonte:http://dlgrubba.blogspot.com/2009/11/por-que-tantas-interpretacoes.html


sábado, 6 de agosto de 2011

COMO SE TORNAR UM PREGADOR " FAMOSO "



















Extraido do blog: Genizah. Para todos que querem ser etrelas do mundo gospel e ser um famoso pregador, cantor,etc,etc,etc. Adorei esse post. Infelizmente as igrejas passam por essa realidade.




Altair Germano

Pensando naqueles que não puderam acompanhar diariamente os módulos do curso de maior "sucesso" na blogosfera cristã “Como se tornar um pregador famoso”, segue abaixo todo o conteúdo do mesmo, juntamente com a sua conclusão.

APRESENTAÇÃO

Estaremos ministrando com exclusividade, um curso destinado a todos aqueles que sonham com o estrelato, como pregadores do evangelho.

O curso é gratuito. Basta clickar no blog e sua inscrição será feita automaticamente.

Todos os dias será postado um módulo do curso. Se você perder algum módulo, poderá acessar posteriormente os arquivos do blog e atualizar-se.

Depois de terminado o curso, se você não se tornar famoso, não nos responsabilizaremos.

O método que adotaremos já foi, e ainda é observado por muitos pregadores famosos da atualidade. Se deu certo para eles, pode dar certo para você também!

Divulgue e participe!

MÓDULO 01
A humildade é fundamental no início da carreira de um candidato ao "estrelato" como pregador.

Num primeiro momento, aceite o máximo de convites para pregar.

Pregue em igrejas grandes, médias, pequenas, ricas, pobres, no centro, nas favelas, nos morros, nos sítios, na capital, no interior. O que vale é pregar, não importa onde.

Se for o caso, você pode até se oferecer para pregar (sempre com um ar de humildade, não esqueça).

Se levar jeito, os convites tenderão a se multiplicar.

MÓDULO 02

Nosso segundo módulo tratará sobre a mensagem que será pregada.

No começo, seja o mais simples e objetivo possível.

Muitos pregadores que já alcançaram o sucesso, iniciaram sua trajetória contando seu testemunho de conversão, associando a este, a mensagem da palavra de Deus.

Seja o mais bíblico possível. Textos de difícil interpretação ou polêmicos, nem pensar.

Se você pregar algo que "cheire" a heresia, vai se queimar logo no início da "carreira".

No próximo módulo trataremos sobre a aparência do pregador.

MÓDULO 03

Simplicidade.

Essa palavra expressa muito bem a maneira como o pregador, candidato a "fama" deve se apresentar.

Cabelos bem cortados, higiene pessoal impecável, roupas não extravagantes bem passadas, sapatos engraxados, são requisitos desejáveis.

Nada de grife (marca) famosa (pelo menos por enquanto), isso pode constranger seu público ainda muito humilde e pobre.

Procure sempre a discrição, fazendo o possível para que sua imagem não tire a atenção da Palavra.
Sua imagem é seu cartão de apresentação, e a primeira impressão geralmente é a que fica.

No próximo módulo estudaremos sobre "gratificações" ou "ajudas de custo".

MÓDULO 04

No início da caminhada rumo a “fama”, quando for convidado para pregar, não estipule nenhum valor de cachê, oferta, ajuda, ou como queira chamar.Se ao final do culto, nem a gasolina ou passagem lhe derem, não faça cara feia, não reclame, nem questione. Abra um sorriso largo e diga que se precisarem, você estará pronto para retornar e pregar novamente.Tenha paciência, pois chegará o tempo dos bons “cachês”!No próximo módulo trataremos sobre cartões de apresentação e apostilas.

MÓDULO 05

Já está na hora de confeccionar um "cartão" de apresentação e algumas apostilas.

Com relação ao cartão, comece com o título "CONFERENCISTA", isto impressiona.Na primeira viagem para outro estado (mesmo que você resida numa fronteira) mude o título no cartão para "CONFERENCISTA INTERESTADUAL", e assim sucessivamente até alcançar o status de "CONFERENCISTA INTERNACIONAL".
As apostilas (e quem sabe alguns CD's) vão lhe ajudar a cobrir algumas despesas pessoais.No próximo módulo: a formação teológica do "CONFERENCISTA".

MÓDULO 06

Títulos acadêmicos são interessantes. Dá um certo ar de credibilidade e ajuda na melhora do "status".

O candidato a "fama" como pregador, deve fazer um curso de teologia, se possível um mestrado e doutorado, mesmo se depois de ficar famoso acabe se auto-proclamando Doutor em Porcaria.

No próximo módulo "Quando chega a fama, o que fazer?".

MÓDULO 07

A essa altura, depois de colocar em prática as orientações dos módulos anteriores, com uma boa dose de paciência e sorte, a fama certamente já estará batendo em sua porta. Daí em diante se torna necessário mudar alguns hábitos e posturas. Lembre-se sempre que você não é mais um "Zé Ninguém".

1. Convites

Lembra-se daquela história de aceitar o máximo de convites possível e de pregar em qualquer igreja, independente do tamanho ou condição social? Pois bem, esqueça. Pregador famoso não aceita qualquer convite (que deve passar agora por sua secretária), nem prega em qualquer igreja ou lugar. Se lhe convidarem para pregar em Camboriú, faça charminho e diga que vai dar uma olhada na agenda.

2. Pregação

Se pregar ou ensinar uma "heresiazinha" não vai ter problema algum. Agora você já tem uma "legião" de fãs, discípulos, adeptos, etc., que morrerão e matarão por você. Suas heresias para eles são "verdades absolutas", acima da própria Bíblia sagrada. Pregue sobre teologia da prosperidade, vitória financeira, amarre ou mande os demônios para longe (mesmo eles não indo), faça um ar de agressividade, cara feia, isto impressiona. O que vale é o que você diz. Você é o "cara"!

3. Aparência

Capriche no visual excêntrico. Faça plásticas no rosto, ajeite o cabelo, faça a sobrancelha, abuse na maquiagem, use ternos extravagantes (amarelo vermelho, rosa, etc.), sapatos também. Use apenas roupa de grife (Armani, Broksfield, Polo, etc.). Jogue no lixo suas convicções passadas. Não ligue para quem lhe chamar de "moderninho", de "mauricinho" da fé, etc. É mera intriga da oposição.

4. Cachê

Quanto ao cachê, você agora é quem dita as regras. Manter um status de pregador famoso custa caro. Estipule o seu preço, exija os melhores vôos, hotéis e restaurantes. Não dê moleza. Convidar pregador famoso não é para quem quer, é para quem pode.

5. Publicações e Produções

Apostila e CD é negócio para pobre. Escreva livros, grave DVD's, crie um site na internet, tenha o seu próprio programa na TV. Você agora é uma "marca" lucrativa.

6. Formação Acadêmica

Chame todos os seus títulos acadêmicos de "PORCARIA DE NOME". Apesar de ser uma grande hipocrisia de sua parte, seus discípulos vão gostar de ouvir isso, principalmente os frustrados e incultos. Abuse de arrogância quando falar de teólogos (apesar de você ser um).

7. Liderança das igrejas e convenções

Não se dobre diante de "presidentes" de igrejas ou convenções. Não se intimide com ninguém. Quando a coisa apertar, use sua oratória e jogue o povo contra a liderança. Desafie os pastores na tribuna da igreja (ou pela TV), isso dá um certo ar de "autoridade profética".

Se qualquer grupo ou pessoa "pegar muito no seu pé", lhe incomodar com duras críticas, mande-os "PARA O QUINTO DOS INFERNOS", chame-os de hipócritas, opositores da "grande obra" que você está realizando. Mande vê, sem pena, sem dó e sem ética!

CONCLUSÃO DO CURSO

Amados, o curso “como se tornar um pregador famoso” (ou um "fenômeno"), trata-se de um retrato crítico de uma dura e triste realidade vivenciada pela igreja evangélica no Brasil e no mundo.

Muitos jovens e homens de Deus, chamados e capacitados pelo Senhor para o Ministério da Palavra, acabaram cedendo ante as tentações proporcionadas pela “fama”, influenciados por alguns pregadores que estão ocupando espaços na mídia, em grandes eventos evangélicos, mas que se distanciaram da simplicidade e humildade, características indispensáveis na vida de um “servo” de Deus.

Esses “astros luminosos dos palcos da fé” ou "fenômenos" começaram bem, mas se desviaram do salutar modelo bíblico (2 Tm 4.5). Adotaram uma postura arrogante, relativizaram valores, semearam heresias, contendas e insubmissão, afrontaram líderes, e arrebanharam para si multidões de meninos alienados e massificados (Ef 4.14).

Querido irmão, se o Senhor Jesus te chamou para ser um pregador e ensinador de sua Palavra, faça isso com temor e tremor (1 Co 2.3), não confie em suas habilidades de oratória (1 Co 2.4), não busque para si a honra e a glória que só pertencem a Deus.

Para os que são admiradores daqueles que assim agem, deixo também uma palavra de reflexão:

Não apóie a sua fé em sabedoria (ou mera sutileza) de homens (1 Co 2.4-5)

Agradecemos as manifestações de apoio, ao mesmo tempo que pedimos desculpas para todos que ficaram confundidos com os nossos reais propósitos.

Com lágrimas nos olhos, e com um coração ardendo em zelo pela causa do Mestre,

Um abraço e a paz do Senhor!

Pr. Altair Germano


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

ERROS A SE EVITAR AO INTERPRETAR A BIBLIA







Os cristãos devem estar comprometidos no conhecer e obedecer à Palavra de Deus. É essencial, então, que saibamos como interpretar a Bíblia corretamente, e evitar aqueles erros que poderiam nos conduzir a conclusões incorretas. O que se segue são alguns princípios que te ajudarão a interpretar a Bíblia no que ela realmente diz e alguns exemplos do que tem ocorrido quando esses princípios são violados.


1. Não espiritualize o texto

Espiritualizar (ou alegorizar) é ir além do plano semântico da passagem em busca de um significado mais profundo ou oculto. O perigo com esse método é que não há como se checar uma interpretação extravagante. O único padrão torna-se a mente do intérprete. Prende-se ao pretenso sentido do texto.


a.. Isaías e futebol americano?
O pastor [da Igreja] de Vineyard e diretor dos Cumpridores da Promessa, James Ryle, faz conexões entre o time de futebol americano Colorado Buffaloes e o livro de Isaías. Ele alega que o Espírito Santo lhe disse para aplicar Isaías 21:6 ao seu time, Colorado, derrotado no campeonato nacional quando eles foram batidos pelo Notre Dame por 21 a 6 no Orange Bowl em 1990. Depois da violenta derrota do Colorado, o Espírito Santo revelou também a ele que Deus iria "estender Sua mão uma segunda vez", de acordo com Isaías 11:1. Isso talvez foi cumprido quando o Colorado, na temporada seguinte, bateu o Notre Dame e venceu o campeonato nacional. De acordo com Ryle, Isaías 11:11 também foi relacionado à vitória do Colorado por 11-1-1, recorde de empate e de fracasso (veja James Ryle, Hippo in the Garden (Hipopótamo no Jardim). Orlando, Flórida, Creation House, 1993. Págs. 77, 182-83).


a.. Joel 2:23 Chuvas Temporã e Serôdia
Joel 2:23 e sua referência às chuvas "temporã" e "serôdia" têm sido usadas como base para o Movimento da Chuva Serôdia. Supostamente, a "chuva temporã" nesse versículo refere-se ao fluir do Espírito Santo no Pentecostes e a "chuva serôdia" refere-se ao derramamento do Espírito no século vinte. Entretanto, Joel 2:23 é endereçada à nação de Israel, não à igreja. Essa passagem enfoca o futuro de Israel no reino de mil anos. Ademais, as chuvas temporã e serôdia mencionadas se referem literalmente às chuvas sazonais e não ao derramamento do Espírito Santo. Qual é o sentido real de Joel 2:23? Quando Israel for restaurada para sua terra no milênio, Deus mandará a devida chuva de outono e da primavera para suas lavouras.


a.. Ex.: Cantares de Salomão
Alguns têm considerado Cantares de Salomão como uma referência do amor de Cristo por Sua igreja. Esta é uma interpretação injustificável. O Cantares de Salomão fala sobre a grandiosidade do amor conjugal. Não há nada nesses cânticos que fale de Cristo ou da Igreja, nem que há alguma evidência no NT que indique que essas canções deveriam ser consideradas em outro sentido que não o amor conjugal.


a.. Ex.: Rosa de Sarom e o Lírio dos Vales (Ct 2:1)
Esses [títulos] não têm nada a ver com Cristo. Ao invés disso, essa passagem se refere à jovem Sulamita, que se compara com flores delicadas.


a.. Ex.: Seu estandarte sobre mim é o amor (2:4)
Essa frase, freqüentemente usada em canções infantis e refeitórios, não se refere a Cristo mas aos cuidados e proteções de Salomão por sua noiva.


2- Não demonstrar sem contexto

Demonstrar sem contexto é amarrar uma série não apropriada ou inadequada de versículos bíblicos para provar nossa teologia. "Pôr em outra forma - é sedutor, mas errôneo - para se compor um fragmento teológico de um completo estudo indutivo das Escrituras. É errado, tendo feito isso, começar procurando textos bíblicos que parecem sustentar nossas conclusões, todas sem a cuidadosa interpretação do texto para o que nós apelamos" (Richard Mayhue, How to Interpret the Bible for Yourself (Como Interpretar a Bíblia Por Você Mesmo), BMH Books, p. 75)


a.. Ex.: "Chame pelo nome e clame"
Alguns líderes da Teologia da Prosperidade adoram citar João 14:14, "Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei". Eles interpretam esse versículo para dizer que podemos clamar pela fé o que quer que desejarmos (ex.: carro, riquezas etc.) enquanto afixamos "em nome de Jesus" no final de nossas orações. Eles não salientam que orar "em nome de Jesus" significa orar de acordo com o que Jesus deseja, não com o que almejamos por nós mesmos. Diversos outros textos revelam que a oração respondida é baseada na oração de acordo com a vontade de Deus (1 João 5:14-15); orando com um coração obediente (1 João 3:22) e orando com razões corretas e não com motivos egoísticos (Tiago 4:1-3).


a.. Ex.: Homossexualidade
"O modo de vida pecaminoso (não alternativo) da comunidade gay de demonstrar sem o contexto da Bíblia firma outro erro mais grave. Eles interpretam incorretamente textos selecionados para sustentarem suas posições (ex., a amizade de Davi e Jônatas em 1 Samuel 19:1; 20:41). Ignoram evidentemente, então, que as Escrituras proíbem inquestionavelmente a homossexualidade, como em Levítico 20:13; Romanos 1:24-32; 1 Coríntios 6:9-11 e 1 Timóteo 1:9-10." (Mayhue, pág. 78)


3- Não isolar textos de seus contextos

Interpretar um texto fora de seu contexto pode conduzir a erro. A Escritura não pode ser divorciada de sua circunvizinhança imediata.


a.. Ex.: Mateus 18:19-20
"Quantas vezes você ouviu alguém mencionar [que obteve] uma resposta à oração por lembrar de Mateus 18:19-20? 'Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-à concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.' Se você olhar cuidadosamente para esses versículos, notará que eles estão ligados de modo inseparável a Mateus 18:15-18. Os dois ou três citados não se ajuntaram para orar mas para, de certa forma, cumprir a disciplina da igreja." (Mayhue, pág. 80)


a.. Ex.: Tiago 1:5 e a Revelação Divina
As raízes Mórmon remontam a 1820 quando Joseph Smith, o fundador do mormonismo, recebeu supostamente uma revelação direta depois de ler Tiago 1:5, "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-à concedida." Smith alega que foi visitado por Deus, que disse-lhe para não se unir a qualquer das igrejas existentes, "que para eles estavam todas erradas" (Pérolas do Grande Preço, Joseph Smith, 2:15-19). De Joseph Smith e da igreja que ele fundou viriam várias crenças como a negação da Trindade, a que Deus tem um corpo humano, a existência de Jesus como o irmão espiritual de satanás, salvação pelas obras e outras doutrinas heréticas. Tiago 1:5, pensava ele, não valida as experiências subjetivas e revelações recebidas que contradigam outras porções da Bíblia. Tiago 1:5 fala sobre pedir a Deus para nos ajudar a viver em santidade enquanto enfrentamos provações.


a.. Ex.: 2 Coríntios 3:6 condena a interpretação literal?
"A letra mata, mas o Espírito vivifica". Esse versículo adverte contra o ter a Bíblia de modo muito sério ou literal? Não. Paulo nem sempre dirigiu o assunto da interpretação literal versus a espiritual. O contexto revela que a "letra" é a Antiga Aliança - a Lei de Moisés (isto é, "as letras gravadas nas pedras" - versículo 7). Assim, o contraste está entre a Antiga Aliança, que revela o pecado humano e por isso mata, e a Nova Aliança, que dá vida.


a.. Ex.: 2 Pedro 2:20 e a perda da salvação
Algumas pessoas usam esse versículo para ensinar que o crente pode perder sua salvação: "Portanto, se [eles], depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro." O "eles" nessa passagem, entretanto, está se referindo aos falsos profetas tal como mencionado em 2:1. Essa passagem está se referindo a falsos profetas e não a crentes verdadeiros.


4- Não aplique promessas específicas, feitas a Israel, à outras nações

Evite pegar promessas específicas a Israel e aplicá-las a outros países como os Estados Unidos.


a.. Ex.: 2 Crônicas 7:14 e os Estados Unidos
Alguns cristãos gostam de reivindicar essa passagem para os Estados Unidos: "se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra." Esse versículo, entretanto, não tem nada a ver com os Estados Unidos. Como diz Mayhue, "Não esqueçam disso! As promessas de Deus à Salomão e Israel não tem nada a ver com a América ou outro país aonde os cristãos vivem hoje em dia. Não importa quão espiritual ou humana a América se tornou, o efeito da nossa história natural não descansará na condição de 2 Crônicas 7:14, mas de preferência na soberania de Deus." (Mayhue, págs. 91-92)


5- Não substitua Israel pela igreja. (Teologia da Substituição)

A Bíblia nunca confunde Israel com a igreja. Ainda que haja similaridades entre a nação de Israel e a igreja, a promessa incondicional e eterna à nação de Israel não deve ser espiritualizada e transferida à igreja.


a.. Ex.: Gênesis 13:14-17 ("toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre")
Deus prometeu uma terra determinada (Canaã) a um povo determinado (Os filhos de Abraão - os judeus). A terra não pode ser espiritualizada para significar salvação ou paraíso, nem a igreja herdar essas promessas às custas da pátria de Israel.


a.. Ex.: Romanos 11:25-26 ("E, assim, todo o Israel será salvo")
Alguns amilenialistas, incluindo-se João Calvino, pegaram "Israel" no versículo 26 para ser uma referência à igreja composta por judeus e gentios. O contexto específico de Romanos 9-11, ao invés disso, mostra que no capítulo 11 [a palavra] "Israel", usada nessa seção, sempre se refere aos judeus de sangue e nunca aos gentios.


6- Não injete pensamentos correntes dentro do texto bíblico

Filosofias modernas ou atuais não devem ser usadas como base para reinterpretação do texto bíblico.


a.. Ex.: A criação em seis dias (Gênesis 1-2)
Uma interpretação corrente e literal de Gênesis 1-2 mostra que Deus criou o mundo em seis dias de vinte e quatro horas. A palavra hebraica para "dia" (yom), quando acompanhada por um adjetivo numérico (ex.: quinto dia), nunca é usada de maneira figurada. Isso é sempre entendido de modo normal. Entretanto, com a crença crescente no evolucionismo e numa terra antiga, alguns têm tentado reinterpretar os dias da criação não como literalmente dias de vinte e quatro horas, mas como longos períodos de tempo. Assim, "seis dias" é apenas figurativo para um longo período de tempo, que pode incluir milhões de anos.


a.. Ex.: Precisamos amar a nós mesmos primeiro para amar a outros? (Mt 22:39)
Alguns na psicologia cristã têm deturpado essa passagem, tencionando dizer que devemos aprender a amar nós mesmos para amar a outros. Ainda nessa passagem, o amor próprio não é encorajado, mas presumido ("Porque nunca ninguém odiou sua própria carne..." - Ef 5:29). O ponto é que precisamos mostrar o mesmo interesse a outros tal qual naturalmente mostramos a nós mesmos. Como diz Mayhue, "Em Mateus 22 Jesus fala de dois mandamentos - amar a Deus e amar ao nosso próximo. Não há um terceiro mandamento para amarmos a nós mesmos. Por uma questão de registro bíblico, não há mandamento nas Escrituras para amarmos a nós mesmos. Por vezes, isso aparece: que a base do amor próprio vem mais da hierarquia de necessidades [do psicólogo] Abraham Maslow do que da Bíblia." (Mayhue, págs. 100/01)


a.. Ex.: Psicologia e a redefinição de termos
A influência da psicologia na igreja têm conduzido freqüentemente para uma deturpação de termos bíblicos e seus significados.

Pecado
Por exemplo, note a redefinição de Robert Schuller para o pecado: "Pecado é qualquer ato ou pensamento que rouba de mim ou de outro ser humano sua auto-estima" (Robert Schuller, Auto-estima: A Nova Reforma, pág. 14)

Inferno

Observe também a redefinição de Schuller para inferno: "E o que é inferno? É a perda do orgulho que naturalmente segue em separação de Deus - a determinante e infalível fonte de nosso sentido de auto-respeito da alma... Um indivíduo está no inferno quando ele perdeu toda sua auto-estima" (págs. 14-15)

Ser nascido de novo

O que significa para Schuller ser nascido de novo? "Ser nascido de novo significa que devemos ser transformados de uma auto-imagem negativa para uma positiva - da inferioridade para a auto-estima, do medo para o amor, da dúvida para a confiança".


7- Evite fazer dos fenômenos e experiências na Bíblia regras para os dias de hoje

Nem toda experiência que aconteceu na Bíblia é regra para hoje em dia. "Precisamos ver se o princípio na passagem é ensinado em outra parte. Se o que aconteceu para alguém nos tempos bíblicos é considerado regra para todos os crentes, isso deve estar em harmonia com o que é ensinado em outras partes nas Escrituras." (Roy B. Zuck, Interpretação Bíblica Básica. Victor Books, pág. 285)


a.. Experiências de Moisés, dos profetas e dos apóstolos
Martyn Lloyd-Jones, em seu livro Renovação, diz que a revelação da glória de Deus a Moisés em Êxodo 33:18-23 é algo que todos os crentes devem buscar:

"Moisés já conhecia a glória de Deus. Ele não a havia visto, mas ele acreditou [em] Deus. Ele aceitou a revelação e tinha havido estranhas manifestações aqui e acolá. E no poder delas ele disse: 'Rogo-te que me mostres a tua glória, deixe-a ser manifesta'. E essa deve ser nossa posição... Sabemos que Deus está lá em toda sua glória, e a necessidade é que devemos ser movidos, tal qual foi Moisés, a desejar a manifestação dessa glória. É quase inconcebível, ou não, que algum cristão não devesse ofertar essa oração de Moisés?" (Lloyd-Jones, Renovação, págs. 216-18).

Lloyd-Jones nos oferece também outros exemplos de experiências na Bíblia que os crentes deveriam experimentar hoje em dia: A visão de Isaías, do Senhor assentado em Seu trono (Is 6:1-7); a visão de João, de Cristo em Patmos (Ap 1); o encontro de Saulo com Cristo na estrada de Damasco (At 9); e a visão dos apóstolos, de Cristo transformado diante deles no Monte da Transfiguração (Mt 17). No que diz respeito a experiências como essas Lloyd-Jones diz que "nós nunca devemos esquecer que todas elas são possíveis ao indivíduo a qualquer tempo". ENTRETANTO, homens como Moisés (veja Dt 34:10-22), Isaías e os apóstolos são homens ímpares com ministérios ímpares. A Bíblia não sugere que as experiências deles são normas para hoje. Em nenhum lugar a Bíblia nos ensina a buscar as experiências desses homens sem par.


a.. Ressuscitando os mortos
O fato de Eliseu e Pedro terem sido capazes de ressuscitar mortos (I Rs 17 e At 9:36-43) não significa que Deus pretende que todos os crentes ressuscitem pessoas da morte. A Bíblia nunca diz que esse ato é regra para os crentes de hoje.



a.. Poligamia
"Abraão, Jacó, Davi e outros tinham mais de uma esposa. Isso significa que a poligamia é aceitável, como alguns crêem? Não, não é uma prática aceitável. Muito embora Deus não os tenha condenado individualmente por tais práticas, até onde os registros das Escrituras dizem a respeito, sabemos que a poligamia está errada porque Deus deu a Adão uma mulher e disse: "Por essa razão o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne" (Gn 2:24) e porque numerosas passagens no Novo Testamento falam da fidelidade conjugal a uma só esposa (p. ex., Mt. 5:27, 31-32; I Co 7:2-3; Ef 5:22-23, Cl 3:18-19; ITs 4:3-7)." (Zuck, pág. 286)


8- Não despreze um texto dito como cultural simplesmente porque ele não parece se ajustar com o pensamento da sociedade atual


a.. Ex.: A liderança do marido em casa (Ef 5:22-23)

A sociedade moderna rejeita com freqüência as diferenças de papéis entre homens e mulheres. Assim sendo, o pensamento de que o marido seja o líder e a mulher seja submissa ao seu marido é rejeitada com freqüência como sendo uma limitação cultural dos tempos de Paulo. Não há nada no contexto que limite esses mandamentos aos tempos de Paulo. De fato, a instrução para os maridos é baseada no exemplo do amor de Cristo por sua igreja.


a.. Ex.: Anciãos (I Tm 2:11-15)
As Escrituras deixam claro que a mulher não deve sustentar posições de autoridade acima do homem na igreja. Muitas igrejas cristãs, contudo, permitem que as mulheres sejam anciãs e pastoras. Passagens como I Tm 2:11-15, que expressamente proíbem posições de liderança para mulheres, são rejeitadas tais como um produto de uma sociedade machista. Nada, entretanto, em I Tm 2:11-15 indica que seus mandamentos são limitados àquele tempo e cultura. De fato, a liderança masculina é fundamentada na ordem da criação (2:13) e na queda (2:14).